#JovensTransformadores: Rede voluntária democratiza conhecimentos sobre saúde mental

Situações de automutilação e tentativas de suicídio entre jovens levaram a baiana Mariana Nunes Santos Gomes a criar a "Rede Autoestima-se" que quer se tornar referência em autoconhecimento e práticas holísticas.
Mariana Nunes
Fonte: Arquivo Pessoal

Tendo enfrentado problemas com ansiedade no Ensino Médio e percebendo que alguns de seus colegas enfrentavam situações sérias como automutilação e tentativa de suicídio, a jornada transformadora de Mariana começa a partir da sua atuação no Parlamento Jovem Brasileiro. Nessa oportunidade, ela estudou e construiu propostas de projeto de lei na área de educação e saúde mental, sendo um deles sobre a inserção de práticas holísticas e métodos terapêuticos em escolas brasileiras. 

Em busca de novas formas de conscientizar as pessoas em relação à importância dos cuidados com a saúde mental e democratizar o acesso a atendimentos psicológicos e outras práticas terapêuticas, Mariana funda, em fevereiro de 2020, a Rede Autoestima-se.  O projeto tem sede em sua cidade natal, Conceição do Almeida, no Recôncavo Baiano, mas funciona integralmente online com participantes de vários estados. 

Mesmo com pouco tempo de atuação, a rede criada já possui mais de 45 voluntários, que se dividem entre atividades de pesquisa, produção e compartilhamento de conteúdo, realização de rodas de conversa e webinários, apoios administrativos e atendimentos psicológicos. "Neste primeiro ano de existência, nós nos preocupamos principalmente com a estruturação da rede; encontrar referências e profissionais capacitados e alinhados com a visão da instituição", conta Mariana. "Os casos que atendemos neste ano mostram como este campo é diverso e complexo. Precisamos de uma base sólida de pesquisas e produções na rede ou curadas por seus membros para nos orientar. Os casos são muito diversos. Chegam pessoas com problemas psicológicos, familiares, de violência sexual. Chega principalmente um público jovem. Estamos aprimorando nosso protocolo de atendimento, fazendo parcerias com psicólogos, com universidades e  Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS)." 

Mariana concluiu o Ensino Médio aos 17 anos, em 2019, e decidiu estruturar a Rede Autoestima-se antes de iniciar o Ensino Superior.